Publicado recentemente, a ISO 19650 estabelece novos padrões internacionais para a aplicação e implementação do BIM, com o objetivo de que a metodologia cresça ainda mais e traga vantagens para todo o setor da construção civil.
Visando criar uma estrutura adequada para o gerenciamento de informações no processo de trabalho colaborativo, a Organização Internacional para Padronização (ISO) divulgou as duas primeiras partes das novas diretrizes: 19650-1 e 19650-2.
Os dois primeiros documentos dizem respeito à organização e digitalização de informações sobre edifícios e obras de engenharia civil, incluindo a modelagem e gerenciamento de informações com o BIM.
Colaboração global
Segundo o presidente do subcomitê técnico da ISO, Jøns Sjøgren, os padrões possibilitam o uso do BIM de forma ampla e, portanto, devem garantir projetos e infra-estruturas mais eficientes.
“A norma ISO 19650 foi desenvolvida com base na norma britânica BS 1192, testada e aprovada, e na especificação publicamente disponível PAS 1192-2, que já demonstrou ajudar os usuários a economizar até 22% nos custos de construção”, afirmou o presidente do subcomitê técnico da ISO.
Ainda segundo ele, trazer isso a um nível internacional significa algo além da colaboração entre projetos globais, porque permite que todos os envolvidos na execução de obras tenham um gerenciamento de informações mais claro.
Já existem perspectivas para o lançamento de novos padrões, que incluem a terceira parte relativa ao gerenciamento da fase operacional dos ativos, e a parte 5 que está ligada à modelagem de informações com segurança, ambientes digitais e gerenciamento inteligente de ativos.
A própria British Standards Institution (BSI) afirmou que os novos padrões internacionais tem como base o trabalho que a equipe britânica já havia desenvolvido.
Cenário nacional
No último ano, o governo federal assinou o decreto 9.377, que institui a Estratégia Nacional de Disseminação do BIM no Brasil, caminhando decisivamente em direção à democratização da tecnologia no setor da construção civil.
Antes mesmo de a estratégia ser determinada, algumas empresas nacionais já vem desbravando esse mercado, através de softwares BIM que são capazes de otimizar todo o processo construtivo e integrar os profissionais envolvidos.
Esse é o caso da empresa de Florianópolis, AltoQi Tecnologia, líder nacional em desenvolvimento de softwares BIM para projetos de edificações. Atualmente, a organização alcançou a marca de 50 mil clientes e continua apostando em inovação para os próximos anos.
“Estamos buscando, cada vez mais, atender às necessidades do mercado com relação à aplicação do modelo BIM para projetos. Fazendo com que os nossos usuários não sintam tantas dificuldades para efetuar essa transição”, explica a Engª e Consultora BIM, Caroline Correa.
As plataformas com a aplicação do modelo BIM são capazes de elaborar o projeto de engenharia desde da modelagem ao cálculo, reunindo todas as informações necessárias e deixando a execução da obra muito mais clara. “Com o BIM é possível antever alterações que seriam grandes problemas na obra. É, com certeza, um divisor de águas para a construção civil e a economia global”, conclui Caroline”.