Para quem quer trabalhar com a construção civil, a carreira de projetista é uma opção que pode ser bastante rentável e que proporciona uma flexibilidade de horário, em caso de trabalho autônomo. Cada vez mais o projeto é valorizado, pois se for eficiente, evita o desperdício de materiais, viabilizando o empreendimento. Isso sem contar a compatibilização, que orienta a execução para que não surjam improvisações no canteiro de obras, evitando futuros incômodos.
Nesse mercado, os projetos estruturais e de infraestrutura aparecem como caminho natural e principal a ser percorrido, em vista aos demais projetos complementares residenciais e prediais. No entanto, segundo dados do Confea e do Cau/Br existem 1.397,505 engenheiros e arquitetos ativos no Brasil. Desses, 34,73% dos arquitetos e 40% dos engenheiros trabalham com concepção de projetos. Diante desse cenário, a concorrência torna-se cada vez mais acirrada.
O cenário de concorrência na área de projetos e a atual situação econômica do país tornam ainda mais raras as oportunidades para quem está começando a trabalhar com projetos ou quer se firmar nesse nicho.
Frente a esses fatores, a escolha por elaborar projetos demais complementares residenciais e prediais tornam-se um caminho alternativo menos concorrido e com alta possibilidade de rendimento.
No Brasil, apenas 5% das obras para habitação unifamiliar de até 100m² possuem projetos complementares como elétrico e hidráulico em sua concepção, segundo levantamento do CREA/PR. A inexistência de uma padronização desses projetos nesse tipo de obras torna esse um campo com enorme potencial e pouco explorado.
O índice de projetos complementares como hidráulico e elétrico é ainda menor em edificações comerciais e residenciais de até 100m², apesar de ser altamente recomendado pelos profissionais que atuam na construção civil.
Mesmo sendo comum em qualquer projeto de grande porte ou obras de habitação coletiva, a importância dos demais projetos complementares em obras de pequeno porte ainda é uma cultura que está sendo implantada no nosso país. Tão importante quanto os projetos arquitetônico e estrutural, os demais projetos complementares surgem com um horizonte pouco explorado e com potencial para carreiras rentáveis e bem sucedidas, seja na elaboração de novos empreendimentos ou em reformas. Cabe aos profissionais da construção civil defender a importância e inserir no hall de necessidades fundamentais a concepção dos demais projetos complementares, assim como foi feito com o estrutural.
Os projetos complementares para residências e prédios são um campo riquíssimo a ser explorado. A cultura está em implementação, a integração de projetos é uma importante aliada e o momento econômico do país completam o ambiente propício para o fortalecimento desse nicho. O profissional que apostar nessa tendência certamente se destacará no mercado.
Em nosso próximo artigo, falaremos sobre uma das vertentes dos projetos complementares, os projetos hidráulicos prediais e residenciais, abordando suas vantagens e desafios.