Neste primeiro post, vamos apresentar informações construtivas sobre esses itens, além das normas técnicas envolvidas.
Importante conhecer as normas técnicas das unidades de tratamento. A NBR 7229/93, por exemplo, trata do projeto, construção e operação de sistemas de tanques sépticos. A NBR 13969/97, por sua vez, regulamenta as unidades complementares de tratamento de efluentes líquidos.
O tanque séptico é indicado como unidade de tratamento de esgoto quando não existe uma rede coletora no local em que a edificação será construída. É aplicado usualmente no tratamento de esgotos domésticos.
Importante destacar que não se deve direcionar ao tanque séptico água proveniente da chuva, assim como é proibido fazer contribuições com vazão excessiva, tal como pode ocorrer no esvaziamento de uma piscina.
Quando o tanque séptico for aplicado em uma edificação do tipo hospitalar ou de serviços de saúde, deve-se verificar as exigências da vigilância sanitária local em relação ao pré e pós-tratamento do esgoto que irá circular no tanque.
Quanto ao posicionamento do tanque séptico, é necessário considerar as distâncias mínimas:
O filtro anaeróbio funciona como um reator biológico, no qual o esgoto é tratado através de microorganismos não-aeróbios, ou seja, é um processo de tratamento sem oxigênio.
O dimensionamento dessa unidade de tratamento de esgoto está diretamente relacionado à temperatura média do mês mais frio, pois afeta o processo anaeróbio. Quanto maior a temperatura local, melhor será a eficiência do filtro.
De acordo com a NBR 13969/97, o filtro deve ter altura útil total interna de 1,2 m. Se for adotado fundo falso, este deverá ser limitado a 0.6 m,. Assim, restará 0,6 m do leito, que pode ser preenchido com brita nº 4 ou nº 5. Quando a construção do fundo falso não for possível, pode-se preencher todo o volume útil do filtro com material filtrante, dispensando assim o fundo falso. Esse é um tema para próximos posts.
A vala de filtração elimina os poluentes do esgoto através de meios físicos e biológicos sem oxigênio. É basicamente composta por uma camada de reaterro seguida de uma camada de brita, na qual será posicionada a tubulação de distribuição de esgoto. Logo abaixo, há uma camada de areia e mais uma porção de brita que vai posicionar a tubulação de coleta do efluente tratado.
Em relação aos materiais para o meio filtrante, a NBR 13969/97 recomenda a aplicação de areia com diâmetro efetivo entre 0,25 mm e 1,2 mm, pedregulho ou pedra britada.
O processo construtivo da vala deve atender os seguintes requisitos:
Com esses conceitos normativos e informações sobre unidade de tratamento de esgoto, introduzimos os posts sobre o assunto. Acompanhe nosso blog para conferir como fazer a construção de um sistema de tratamento doméstico de modo eficaz.