Saber aplicar os cálculos de dimensionamento das redes, avaliar o melhor traçado das tubulações e analisar as interferências entre os outros projetos, tudo isso simultaneamente, exige disciplina, foco e tempo.
Com o passar dos anos, após a elaboração de vários projetos, é normal que o engenheiro adquira prática e se habitue com alguns processos que antes eram considerados de nível avançado. Abaixo, vamos citar alguns exemplos que certamente você já se deparou e encarou com um grande desafio. Quantas vezes você precisou:
Elaborar o dimensionamento do cálculo da perda de carga;
Somar o comprimento de todas as tubulações com seus respectivos diâmetros;
Somar o comprimento equivalente das conexões, após ter tido que pesquisar essas informações em tabelas;
Calcular as vazões que passam por cada tubulação;
Calcular a velocidade limite de escoamento;
Mesmo que o projetista efetue os cálculos citados acima usando planilhas de Excel, inserir os dados manualmente aumenta a chance de erros. Ou seja, mesmo sabendo de todo o conceito e como calcular dimensionamento, um erro de digitação pode gerar um projeto hidrossanitário com problemas.
Outra tarefa que exige atenção redobrada é a geração da lista de materiais. Por mais conhecimento ou prática que o profissional tenha ao criar a lista, é muito comum uma imprecisão. O projetista pode esquecer uma peça, por exemplo. Isso resulta na necessidade da refação da contabilização da lista, demandando tempo para remover as peças e inserir as novas. Nesse caso, além de conhecimento e prática em projeto hidrossanitário, o profissional precisa de atenção.
Podemos falar ainda do detalhamento do projeto, pedido cada vez mais comum no mercado de projetos de engenharia. Esse detalhamento pede desenhos como planta baixa, detalhes isométricos, detalhes sanitários, cortes e esquemas verticais. Questões como memória de cálculo, o detalhamento da geração de pranchas também exigem do profissional conhecimento aprofundado sobre o tema e prática. É comum, existir alguma alteração na planta durante a elaboração no projeto, e a simples troca da posição de um vaso sanitário, por exemplo, requer o redesenho e recálculos de partes do projeto.
Com base nessas questões, deixamos uma pergunta que será respondida na próxima semana:
Será que somente conhecimento profundo e prática desenvolvida ao longo do tempo são suficientes para um bom projeto hidrossanitário ou existem formas inovadoras de elaborá-lo com mais precisão e agilidade?
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