Elétrico

Tipos de iluminação residencial e soluções de engenharia

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Poucas pessoas sabem usar de forma efetiva os tipos de iluminação residencial em elementos decorativos, fazendo com que a luz aplicada gere uma sensação visual confortável ao ambiente e aos olhos humanos. E, da mesma forma, poucos projetistas levam em consideração os critérios normativos ou ainda utilizam softwares especializados que auxiliam no lançamento e dimensionamento dos projetos de iluminação. Saiba mais sobre o assunto.

Basicamente, os tipos de iluminação residencial incluem luz natural e luz artificial. Dar amplitude aos espaços, destacar detalhes e proporcionar segurança são apenas alguns dos critérios a serem avaliados antes de iniciar um projeto luminotécnico. Os sistemas de iluminação natural são compostos por aberturas laterais e zenitais (luz que penetra no ambiente através de pequenas ou grandes aberturas criadas na cobertura de uma edificação) que permitem a passagem da luz para o interior do edifício. As superfícies da edificação atuam como protetores e refletores, modelando e distribuindo a luz natural internamente. Já sistemas de iluminação artificial são formados por luminárias, lâmpadas e equipamentos complementares, como transformadores e reatores. A seguir, falaremos mais sobre conceitos e normas a serem observadas.

Tipos de iluminação residencial: conceitos e normas

Desde os tempos modernos, os seres humanos se preocupam em iluminar suas moradias de forma adequada, suprindo a falta da luz natural. Desta necessidade, nasceu o estudo da aplicação da iluminação artificial, ou seja, a luminotécnica, que concilia conhecimentos sobre iluminação, arquitetura e engenharia.

Em um conceito amplo, a luminotécnica é o estudo minucioso das técnicas das fontes de iluminação artificial através da energia elétrica. Portanto, toda vez que se pensa em fazer um estudo das lâmpadas de um determinado ambiente, está se pensando em fazer um estudo luminotécnico. Conforme a introdução da ABNT NBR ISO/CIE 8995-1:2013: “uma boa iluminação propicia a visualização do ambiente que permite que as pessoas vejam, se movam com segurança e desempenhem tarefas visuais de maneira eficiente, precisa e segura sem causar fadiga visual e desconforto. A iluminação pode ser natural, artificial ou uma combinação de ambas.”

Segundo Roberto Lamberts, no livro Eficiência Energética na Arquitetura (2004), apesar de todos os benefícios do uso da iluminação natural, com o advento da luz elétrica e posterior adoção do estilo internacional na arquitetura, o profissional foi liberado para buscar outros paradigmas que não apenas os elementos naturais, sem preocupação de adaptação da arquitetura às características culturais e climáticas do local.

O projetista luminotécnico assume, então, uma posição bastante cômoda quanto aos problemas de adequação ao clima, passando a utilizar soluções técnicas com equipamentos mecânicos de aquecimento e refrigeração e substituindo o uso da iluminação natural proveniente das aberturas pela iluminação artificial.

Foto da igreja de jubileu em Roma dando exemplo de iluminação artificial

Fonte: Google. Igreja do Jubileu – Roma (Itália). Exemplo de iluminação artificial e natural

 

Eiler Steen Rasmussen afirma, no livro Arquitetura Vivenciada, que “um dos problemas com que os arquitetos modernos frequentemente se defrontam consiste em obter luz boa e uniforme para muitas partes diferentes de um vasto recinto”. É neste contexto que se deve empregar a iluminação artificial e, consequentemente, o projeto e estudo luminotécnico.

Embora tenha suas limitações, a luz artificial possibilita ao homem estender suas atividades em momentos ou situações em que a luz natural não é suficiente, podendo ser concebidos ambientes mais agradáveis, com conforto visual e também mais eficientes com relação ao consumo de energia elétrica no sistema de iluminação artificial (Lamberts, 2004).

Um projeto luminotécnico bem-sucedido não possui apenas uma solução técnica, mas uma ideia chave que cria uma unidade, levando em consideração a iluminação natural e artificial necessária para a residência. A elaboração eficiente de um projeto residencial requer a integração dos projetos, pois não há economia de energia se o plano para uso da luz natural não estiver diretamente conectado ao da iluminação artificial.

Com isso, podemos resumir este primeiro artigo sobre tipos de iluminação residencial, sendo que o maior desafio de quem trabalha com projetos de iluminação é aliar o conhecimento técnico da área com as preferências de cada cliente, criando um projeto que seja eficiente e agradável esteticamente.

Quer saber mais sobre tipos de iluminação residencial? Aguarde nossos próximos conteúdos e compartilhe suas experiências nos comentários.