Nos artigos anteriores, tivemos um panorama geral sobre tipos de iluminação residencial, uso da iluminação artificial e natural e os desafios para colocar em prática um projeto de iluminação sustentável. Neste artigo, vamos focar na iluminação artificial e daremos dicas de boas práticas para executar projetos.
O curso de iluminação da Osram, empresa de soluções em iluminação geral, automotiva e especial, sugere que o primeiro passo de um projeto luminotécnico é definir o sistema de iluminação, respondendo basicamente a três perguntas:
Para responder à primeira pergunta, devemos definir o modo como as luminárias serão dispostas no ambiente, podendo variar em:
Iluminação geral: distribuição regular das luminárias pelo teto.
Iluminação localizada: concentra-se a luminária em locais de principal interesse.
Iluminação de tarefa: luminárias perto da tarefa visual e do plano de trabalho iluminando uma área muito pequena.
Já para a segunda pergunta, precisamos saber que uma luminária eficiente otimiza o desempenho do sistema de iluminação artificial. Avaliar uma luminária, sua eficiência e suas características de emissão é muito importante para o projeto. A especificação de uma luminária deve ser feita de acordo com:
Dos itens acima, os mais importantes, tratando-se de distribuição de luminárias para obter um projeto luminotécnico eficiente, são: as informações de fluxo luminoso e eficiência da luminária. A eficiência da luminária define a proporção de saída de luz em relação à soma total de luz das lâmpadas quando fora da luminária.
Por fim, deve-se determinar como queremos iluminar o ambiente, dando ênfase ao local como um todo ou para algum elemento arquitetônico. Essas variações de iluminação podem variar conforme:
Respondido os questionamentos, é possível iniciar efetivamente o projeto luminotécnico. Segundo Moore, no livro Environment Control Systems: Heating Cooling Lighting (1993), os métodos de cálculo para a iluminação artificial avaliam quantitativamente uma solução proposta ainda em fase de projeto.
Existem dois métodos mais conhecidos para o cálculo de iluminâncias para iluminação artificial: o Método dos Lumens e o Método Pontual. O primeiro consiste em determinar a quantidade de fluxo luminoso necessário para determinado recinto, baseado no tipo de atividade desenvolvida, cores das paredes e teto e do tipo de lâmpada-luminária escolhidos, entre outros fatores. O segundo método consiste em determinar a iluminância (lux) em qualquer ponto da superfície, individualmente, para cada projetor, cujo facho atinja o ponto considerado.
A distribuição dos pontos através do Método dos Lumens será tratada na próxima publicação, já sendo atribuído um software especializado para efetuar simulações e lançamentos.
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