Foto da fachada externa de uma casa com iluminação natural do sol
Elétrico

Desafios de projetos eficientes de iluminação natural e artificial

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A integração de iluminação natural e artificial é a forma mais adequada de se alcançar a economia energética em um projeto de iluminação. A sustentabilidade em edificações está diretamente relacionada, entre outros aspectos, à eficiência energética. E o projeto luminotécnico tem ação direta sobre o impacto do uso da energia elétrica nas edificações em diversos pontos:

  • uso apropriado da luz natural visando a redução da necessidade da iluminação artificial;
  • a especificação do sistema de iluminação natural;
  • a especificação de um sistema de iluminação artificial que garanta máxima eficiência energética dentro dos objetivos de projeto;
  • e a especificação de sistemas de controle e acionamento da iluminação artificial que façam a conexão da operação desse sistema com a luz natural disponível.

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Iluminação natural e artificial: objetivos e desafios

Segundo dados do EPE (Balanço Energético Nacional), de 2012, as edificações brasileiras são responsáveis por cerca de 46,7% do consumo de energia elétrica do país.

  • Residencial – aproximadamente 23%
  • Comercial – aproximadamente 15%
  • Público – aproximadamente 8%

[Vídeo] Estratégias projetuais para iluminação natural e artificial com software especializado

 

ilustração apresentando o consumo de energia no Brasil, com icones de casa, prédios comerciais e públicos e o mapa do Brasil

Consumo de energia elétrica das edificações brasileiras. Fonte: EPE 2012

 

Grande parte dessa energia é consumida na obtenção de conforto ambiental, ou seja, com iluminação e climatização (principais usos finais). Desta maneira, um dos principais desafios e objetivos dos projetos de iluminação natural e artificial é a redução do consumo de energia elétrica e a otimização da quantidade de energia gasta, visando sempre a eficiência.

Com isso, podemos destacar a otimização da luz natural, fazendo um uso adequado dos elementos arquitetônicos (janela laterais e zenitais) e a utilização de sistemas de iluminação artificial eficientes como nossos principais objetivos para se obter um projeto eficiente.

Assim sendo, podemos dizer que conservar energia significa economizar, eliminando o desperdício. É possível afirmar, como primeira instância de análise, que sempre que a luz natural for adequada às necessidades de iluminação do ambiente, a iluminação artificial deve ser desativada ou reduzida, garantindo o uso racional da iluminação.

ilustraçao apresentando a diferença entre iluminação natural e iluminação artificial em um edifício

Uso racional da iluminação. Fonte: Eficiência energética na arquitetura

 

Outra solução para que a eficiência energética seja garantida, consiste em distribuir os circuitos de iluminação artificial levando-se em conta o comportamento da luz natural. A previsão deste comportamento pode ser verificada in loco, quando possível, ou calculada por meio de métodos de cálculo manual.

Há também a opção de utilização de softwares de simulação, como o QiElétrico, tema que trataremos nos próximos artigos. A partir desta informação, distribui-se os circuitos ou comandos para luminárias, de acordo com a necessidade de complementação ou substituição da luz natural.

ilustração apresentando exemplo de zoneamento para distribuição dos circuitos elétricos
Exemplo de zoneamento para distribuição dos circuitos. Fonte: Própria do autor – Software QiElétrico

 

Outra alternativa que pode ser utilizada visando uma eficiência energética de uma edificação tanto residencial, como comercial ou industrial é a utilização de sistemas de controle, permitindo o acionamento independente das lâmpadas, tais como sensores de presença, relés fotoelétricos, entre outros, evitando com isso gastos excessivos de energia elétrica.

ilustração apresentando soluções de iluminação para aproveitamento de iluminação natural
Utilização de sistemas de controle. Fonte: Eficiência energética na arquitetura

 

Por meio deste artigo, conseguimos comprovar o que Marcos Barros de Souza disse em sua tese de doutorado: “a eficiência energética de sistemas de iluminação de uma edificação está diretamente relacionada a duas variáveis: uso adequado da luz natural e luz artificial (sistemas de iluminação artificial eficientes). Sistemas automáticos de controle da iluminação artificial em resposta à luz natural fazem a integração dos sistemas natural e artificial garantindo maior eficiência energética ao sistema de iluminação”.

Este é o nosso maior desafio tratando-se de projetos de iluminação natural e artificial: a eficiência energética. Há diversas alternativas que auxiliam para que este resultado seja obtido, contudo, é necessário uma integração entre projetista, arquitetura e cliente para que a eficiência torne-se a maior possível.

[Vídeo] Estratégias projetuais para iluminação natural e artificial com software especializado

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