O planejamento da edificação é uma das etapas mais importantes do seu ciclo de vida. Isso porque permite antever problemas, riscos e seus impactos, possibilitando definir ações e recursos de forma mais assertiva e eficiente.
O por quê disso é simples. Quanto mais se investe na definição do escopo (nesse caso, os projetos), menores são as chances de ocorrerem problemas que, normalmente, só seriam detectados no canteiro. Estes são os maiores responsáveis pelos custos adicionais e retrabalho na obra, o que, por sua vez, causa atraso nos cronogramas e, consequentemente, atraso nas entregas.
Neste artigo, você irá conhecer os quatro erros mais comuns no gerenciamento de projetos, para saber identificá-los nos seus processos.
Acompanhe!
Elimine estes 4 erros comuns de ocorrerem no gerenciamento de projetos
1. Falhas na comunicação
Como em qualquer área da vida, a comunicação é um fator fundamental. É assim, também, na hora de gerenciar os projetos. É necessário que todos os integrantes da equipe tenham as informações e dados necessários para a execução de suas tarefas, já que falhas na comunicação podem gerar:
- baixa produtividade;
- retrabalho;
- atrasos nas entregas;
- prejuízos financeiros;
- metas não alcançadas.
Mas por que as falhas de comunicação acontecem?
Os principais fatores para que ocorra problemas na comunicação entre a equipe de projetistas são:
- interpretações divergentes;
- informações descentralizadas;
- planejamento inconsistente;
- alterações inesperadas no projeto;
- desengajamento da equipe;
- prazos mal acordados.
De fato, a falta de comunicação assertiva é um problema comum no gerenciamento de projetos de engenharia. Por isso, é necessário que os gestores implementem técnicas que minimizem esse problema.
Uma ótima alternativa é manter as informações sempre disponíveis para a equipe por meio de uma ferramenta na nuvem, que irá manter os arquivos e dados atualizados e acessíveis a qualquer momento.
2. Problemas executivos devido à falta de compatibilização
Projetos mal gerenciados podem apresentar incompatibilidades entre as diferentes disciplinas, prejudicando a qualidade da obra e estendendo os prazos estabelecidos.
As principais consequências da execução de um projeto mal compatibilizado ou sem compatibilização são:
- divergências entre projetos arquitetônico X estrutural X MEP e, consequentemente, a geração de uma cadeia de falhas entre eles;
- custos adicionais não previstos na construção, devido ao retrabalho e insumos não previstos;
- atraso no cronograma de entrega do empreendimento.
Outro fator importante em relação aos projetos não compatibilizados é a perda de qualidade devido aos improvisos. Essa perda, em determinados casos, pode levar até mesmo à perda de segurança de uma edificação.
3. Projetos com falta de informações e detalhamentos
A falta de informações nos projetos que são imprescindíveis à uma execução assertiva pode gerar inúmeros problemas que refletirão no canteiro de obras.
Nesse sentido, a inconsistência nos detalhamentos dos projetos também prejudica o cronograma do empreendimento. Isso porque, se no projeto faltam especificações de detalhes importantes, podem ocorrer dificuldades na execução e, consequentemente, erros que causam retrabalho, aditivos de contrato e atrasos nas entregas.
Vale acrescentar ainda que não basta acrescentar as informações necessárias aos projetos, mas estas também devem ser especificadas de forma clara, que facilite a leitura e entendimento por parte dos demais profissionais envolvidos.
Nesse caso, o uso de ferramentas digitais pode ser um meio facilitador para criar detalhamentos precisos, com acabamentos de alto nível, automatização dos processos e desenhos personalizados. Além de exigir muito menos tempo de trabalho.
4. Não atendimento das normas vigentes
As normas referentes aos projetos de engenharia têm a finalidade de garantir que as boas práticas sejam levadas em consideração por todos os agentes AEC e sejam atendidas premissas básicas de segurança e usabilidade das edificações.
Projetos mal gerenciados poderão resultar em improvisos no canteiro, ocasionando o não atendimento das normas vigentes, já que nesses casos é comum haver divergência entre o planejado e o executado. Como consequência, tem-se a possibilidade de ocorrerem patologias na obra, o não atendimento das necessidades dos usuários e até mesmo falta de segurança da edificação construída.
Vale acrescentar que o mal gerenciamento impacta em todo o ciclo da obra, causando inúmeros problemas nas diferentes etapas do empreendimento.
Assim, é preciso que os profissionais envolvidos conheçam as normas relacionadas aos projetos e realizem a etapa de compatibilização garantindo que sejam aplicadas. Neste sentido, o uso de ferramentas que realizem a compatibilização e atendam aos cálculos normativos trata-se de uma boa solução para esta questão, podendo auxiliar o gerente de projetos na verificação do atendimento dos critérios normativos.
Gerenciamento de projetos: como ser mais assertivo?
É importante que os gerentes de projetos de engenharia sigam boas práticas no exercício de suas atribuições. Essa atitude ajuda a eliminar os problemas citados anteriormente, bem como promove resultados expressivamente mais satisfatórios.
A seguir, veja algumas dicas para melhorar o gerenciamento de projetos:
- faça o planejamento dos projetos conforme a metodologia BIM
- promova um planejamento físico-financeiro detalhado e realista;
- garanta que os projetos estejam compatibilizados, por meio de tecnologias de compatibilização disponíveis no mercado;
- mantenha os dados dos projetos sempre atualizados. Conte com um gerenciador de projetos na nuvem, para lhe auxiliar;
- mantenha um controle de qualidade dos processos seguindo as normas da ABNT.
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Abraço e até a próxima!
Micheli Mohr Koerich